Geralmente associamos os vermes à sujeira ou algo ruim. Eles podem ser encontrados em qualquer habitat, incluindo o mar, rios ou no subterrâneo, e uma boa parte deles está relacionada com enfermidades, mas outros desempenham funções importantes para o meio ambiente. O tamanho desse seres varia desde a escala microscópica até dimensões maiores como o minhocoçu, porém o verme que você irá conhecer é de longe a maior criatura desse tipo. A espécie é popularmente conhecida como Mola D’água e são raras as informações sobre ela, se resumindo ao conhecimento popular e a um estudo realizado por pesquisadores da UFFMT, em parceria com entidades ligadas ao governo federal. O objetivo era catalogar este invertebrado e investigar sobre a possibilidade de implementá-lo no cultivo de arroz, banana e alface hidropônica.
Antes de iniciarem a pesquisa, os cientistas foram em busca de informações sobre tais criaturas e descobriram que elas estão presentes na cultura de diversas comunidades indígenas que os consideram uma espécie de “demônio devorador de crianças”. Algumas tribos isoladas do interior do Amazonas praticam um ritual onde o primogênito do cacique, caso for uma menina, deve ser deixado na margem de um rio barrento ou em um brejo como forma de oferenda a estes supostos seres malignos. Entre ribeirinhos e população local, existem relatos que não possuem comprovação oficial e que se perdem no fantasioso. Os depoimentos geralmente envolvem o horror causado pelo encontro com estas criaturas, sendo que os mais antigos dizem que as molas d’água são tão asquerosas a ponto de fazer uma mulher desmaiar ou causar arritmia em cardíacos. Foi anexado ao relatório um depoimento onde o uma pessoa afirma ter presenciado um desses seres engolir seu amigo vivo durante uma pescaria. Verdadeiros ou não, era necessário comprovar as informações cientificamente.
As informações sobre esta criatura possuem como base o relatório produzido pelos pesquisadores da UFFTM que se encontra em seu acervo digital. As características do animal, segundo o relatório, foram obtidas através dos espécimes examinados nos estados do Pará, Amazonas, Tocantins e Maranhão.
O relatório diz que uma mola d’água adulta pode atingir até cerca 5,5 metros de comprimento e que maior largura encontrada foi próxima de 1,5 metros de circunferência. Assim como as minhocas, elas pertencem ao grupo dos anelídeos, mas diferente das primeiras, elas possuem uma boca sem dentes em formato arredondado que pode se dilatar, preferem ambientes aquáticos e conseguem se contrair em até metade de seu tamanho normal. Daí o nome popular mola d’água.
Elas vivem na margem de pequenos rios de água barrenta, em locais onde a vegetação é densa e há muita lama e matéria orgânica. As molas d'água se enterram na área e permanecem ali sob estado de semi-hibernação que pode durar anos. Tanto sua alimentação como a respiração são feitas através da pele (cutânea) e por isso preferem áreas onde o solo é úmido e rico em compostos orgânicos, mas em alguns casos elas utilizam sua boca para consumir pequenos vegetais ou restos de animais mortos. Só é possível vê-las na superfície quando precisam se alimentar, após enxurradas ou em sua época de reprodução sendo todas as ocasiões muito raras e que exigem uma condição de clima peculiar: céu nublado ou com pouca garoa, no período da tarde entre às 14:00 e o início do anoitecer. Geralmente elas expõem apenas um pouco de seu corpo na superfície enquanto a maior parte dele permanece enterrada em meio à lama.
Os pesquisadores acreditam que uma mola d’água possa viver até cerca de 60 anos, já que consome pouco alimento e oxigênio. Sua forma de reprodução pode ser sexuada ou assexuada. O indivíduo libera na água seus espermatozoides e óvulos, alguns fecundados e outros não, que seguem o curso do córrego onde entram em contato com o material genético de outra mola d’água. Caso isso não ocorra, os óvulos fecundados darão origens aos filhotes que terão um duro caminho pela sobrevivência até que possam estar livres de predadores. Estima-se que de 1.000 nascimentos, apenas 6 conseguem chegar na fase adulta e que o período de reprodução ocorre uma vez a cada 10 anos.
Uma mola d’água consegue sentir vibrações causadas à quilômetros de distância de acordo com o tamanho e peso do objeto em movimento. Alterações na composição e temperatura do solo também são percebidas facilmente e assim elas conseguem prever a aproximação de grandes animais, barcos ou pessoas de modo a se enterrarem mais profundamente no solo. O relatório documenta que a única forma de encontrá-las é por meio da escavação intensiva e que um exemplar foi capturado a quase 30 metros de profundidade. Os relatos envolvendo cidadãos comuns geralmente envolvem crianças ou casos em que a pessoa estava dormindo ou caçando sozinha, situação em que fazem poucas vibrações e barulho.
Foi constatado que estas criaturas são pouco agressivas e assumem uma postura defensiva quando ameaçadas, porém existe uma ocorrência oficial datada de 1973 no interior do Paraná, onde um velho ribeirinho afirmou ter sido atacado por uma “minhoca gigante”. A vítima relatou que estava começando a escurecer quando decidiu ancorar sua canoa e aguardar até que o sol raiasse para seguir viagem. Entre o pequeno córrego e a margem escolhida, havia um brejo que fazia o remo enroscar nas taboas, fato que o obrigou a descer do pequeno barco puxá-lo com um dos braços. A água estava na altura da cintura no momento em que ele disse ter visto o que de início parecia ser uma jibóia, mas que se mostrou algo assustador ao se emergir da água e avançar com sua boca enorme na direção de seu peito. Ele afirmou não ter sido mordido e que a sensação era de que “a minhoca estava me chupando e depois me largou”, conta.
Após o corrido, ele mudou de ideia e retornou para sua comunidade onde foi encaminhado pelo sobrinho até o pronto socorro de uma cidade próxima. O estado de embriaguês era evidente e por isso ninguém acreditou na história, mas com o tempo surgiu uma marca circular avermelhada no peito do idoso e exames comprovaram a existência de uma hemorragia generalizada naquela região. Infelizmente a vítima não resistiu aos ferimentos e o local onde suposto ataque aconteceu tem sido visto como amaldiçoado desde então.
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Por fim, os pesquisadores da UFFMT explicam que o animal é extremamente raro e difícil de ser encontrado. Também completam informando que não foi diagnosticada vocação alguma para a agricultura. Eles solicitaram mais verba do governo federal para continuar o estudo, porém o pedido foi recusado tendo em vista os altos custos envolvidos, a dificuldade em encontrar estas criaturas e a prioridade em outras pesquisas. Os poucos relatos sobre molas d’água permanecem no imaginário popular e assim será até que ocorram novas experiências, mas se um dia você encontrar uma, mantenha a calma, tente documentar e não corra.
Características Principais
Elas vivem na margem de pequenos rios de água barrenta, em locais onde a vegetação é densa e há muita lama e matéria orgânica. As molas d'água se enterram na área e permanecem ali sob estado de semi-hibernação que pode durar anos. Tanto sua alimentação como a respiração são feitas através da pele (cutânea) e por isso preferem áreas onde o solo é úmido e rico em compostos orgânicos, mas em alguns casos elas utilizam sua boca para consumir pequenos vegetais ou restos de animais mortos. Só é possível vê-las na superfície quando precisam se alimentar, após enxurradas ou em sua época de reprodução sendo todas as ocasiões muito raras e que exigem uma condição de clima peculiar: céu nublado ou com pouca garoa, no período da tarde entre às 14:00 e o início do anoitecer. Geralmente elas expõem apenas um pouco de seu corpo na superfície enquanto a maior parte dele permanece enterrada em meio à lama.
Idade e Reprodução
Os pesquisadores acreditam que uma mola d’água possa viver até cerca de 60 anos, já que consome pouco alimento e oxigênio. Sua forma de reprodução pode ser sexuada ou assexuada. O indivíduo libera na água seus espermatozoides e óvulos, alguns fecundados e outros não, que seguem o curso do córrego onde entram em contato com o material genético de outra mola d’água. Caso isso não ocorra, os óvulos fecundados darão origens aos filhotes que terão um duro caminho pela sobrevivência até que possam estar livres de predadores. Estima-se que de 1.000 nascimentos, apenas 6 conseguem chegar na fase adulta e que o período de reprodução ocorre uma vez a cada 10 anos.
Peculiaridades
Uma mola d’água consegue sentir vibrações causadas à quilômetros de distância de acordo com o tamanho e peso do objeto em movimento. Alterações na composição e temperatura do solo também são percebidas facilmente e assim elas conseguem prever a aproximação de grandes animais, barcos ou pessoas de modo a se enterrarem mais profundamente no solo. O relatório documenta que a única forma de encontrá-las é por meio da escavação intensiva e que um exemplar foi capturado a quase 30 metros de profundidade. Os relatos envolvendo cidadãos comuns geralmente envolvem crianças ou casos em que a pessoa estava dormindo ou caçando sozinha, situação em que fazem poucas vibrações e barulho.
Riscos e Acidentes
Foi constatado que estas criaturas são pouco agressivas e assumem uma postura defensiva quando ameaçadas, porém existe uma ocorrência oficial datada de 1973 no interior do Paraná, onde um velho ribeirinho afirmou ter sido atacado por uma “minhoca gigante”. A vítima relatou que estava começando a escurecer quando decidiu ancorar sua canoa e aguardar até que o sol raiasse para seguir viagem. Entre o pequeno córrego e a margem escolhida, havia um brejo que fazia o remo enroscar nas taboas, fato que o obrigou a descer do pequeno barco puxá-lo com um dos braços. A água estava na altura da cintura no momento em que ele disse ter visto o que de início parecia ser uma jibóia, mas que se mostrou algo assustador ao se emergir da água e avançar com sua boca enorme na direção de seu peito. Ele afirmou não ter sido mordido e que a sensação era de que “a minhoca estava me chupando e depois me largou”, conta.
Após o corrido, ele mudou de ideia e retornou para sua comunidade onde foi encaminhado pelo sobrinho até o pronto socorro de uma cidade próxima. O estado de embriaguês era evidente e por isso ninguém acreditou na história, mas com o tempo surgiu uma marca circular avermelhada no peito do idoso e exames comprovaram a existência de uma hemorragia generalizada naquela região. Infelizmente a vítima não resistiu aos ferimentos e o local onde suposto ataque aconteceu tem sido visto como amaldiçoado desde então.
........
Por fim, os pesquisadores da UFFMT explicam que o animal é extremamente raro e difícil de ser encontrado. Também completam informando que não foi diagnosticada vocação alguma para a agricultura. Eles solicitaram mais verba do governo federal para continuar o estudo, porém o pedido foi recusado tendo em vista os altos custos envolvidos, a dificuldade em encontrar estas criaturas e a prioridade em outras pesquisas. Os poucos relatos sobre molas d’água permanecem no imaginário popular e assim será até que ocorram novas experiências, mas se um dia você encontrar uma, mantenha a calma, tente documentar e não corra.
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